Alberto Germán

Arberto Germán Franco Romero, nasceu em Sevilha. Viveu em Ayamonte até aos 10 anos. Reside actualmente em Aracena. Formou-se em Escultura na Faculdade de Belas Artes de Sevilha. Em Portugal é membro da Academia de Letras e Artes. Exposições em Madrid, Barcelona, Miami, Estrasburgo, Bruxelas, Lisboa, Sevilha, Huelva, são algumas das cidades. É autor de inúmeras e importantes obras onde a Estátua de Cristovão Colombo em La Rábida-Huelva, o retrato de João Paulo II na Basilica de Lisboa, a do toureiro Litri em Sevilha e a Coluna escultórica do Externato João Alberto Faria em Arruda dos Vinhos, são alguns pontos de referência. Um amigo e um extraordinário Escultor a quem dedico este post.

Silvestre Raposo

10 ANOS X 10 AUTORES

1. Um dos ângulos da Exposição

2. Silvestre Raposo ,em conversa

3. Silvestre Raposo durante a inauguração

4. Marta Jacinto e Silvestre Raposo ,dois dos artistas plásticos convidados

5. Um outro registo da inauguração
No passado dia 26 de Outubro, pelas 21h30, na Sala Polivalente da Casa Museu João de Deus, que comemorava o seu 10º aniversário, procedeu-se à inauguração da exposição colectiva de pintura
10 ANOS X 10 AUTORES
que contou com a participação dos artistas plásticos Daniel Vieira, Elsa Dias, Franciscus Velthuizen, Harry Cutler, Jorge Cardoso, Jorge Estevão Correia, Marta Jacinto, Mário Pérola, Rosália Lourenço e Silvestre Raposo.
A maioria dos artistas plásticos esteve presente. Uns de renome, outros, um pouco menos conhecidos. Todos, porém, com o mesmo gosto. Ver as suas obras expostas ao público. Este, para o que costuma verificar-se, em eventos desta natureza, soube, em número bastante razoável, responder ao convite.
Mas, como, há alguns dias, alguém escreveu "Não é demais, nunca, a promoção da Arte", aqui ficam mais cinco fotografias do evento.
( A exposição estará patente de 26 de Outubro a 30 de Dezembro de 2007. )
Fotografias de arquivo da Casa Museu João de Deus.

..........três variações sobre o mesmo tema .primavera 1

de experiência em experiência...

um Poeta Popular

Manuel Alves faleceu, ao meio dia ,de 24 de Julho de 1901, porventura consolado com o livro que Tomás da Fonseca lhe entregara tempos antes, mas humanamente triste porque se lhe estavam a abrir as portas do mistério que mais cantou e temeu - a morte.
Não terá sido "o maior poeta do mundo", como proclamou uma velhinha à passagem do funeral, em dia de mercado na Moita.
Também não terá sido um génio, como pretendiam, exaltados, os intelectuais de Coimbra que aqui vinham admirá-lo.
Mas era, seguramente, o maior poeta possível, de um tempo ( ainda não completamente erradicado ) em que os povos sofriam as suas vidas entre a ignorância e a miséria.
"É o Alves que canta agora,
Senhores, dai-me atenção.
Vou cantar duas cantigas
Daquelas que melhor são"

O meu canto principio,
visto que assim me pertence;
mas não quero que alguém pense
que venho em desafio...
Nem eu mereço elogio
da gente que está de fora,
nem minha voz é sonora,
nem tem tal delicadeza...
Sei só dizer com certeza:
é o Alves que canta agora.

Esta pouca inteligência
que de mim estais a escutar,
se ela vos incomodar,
ouvi-me com paciência.
Bem podia a Providência
fazer-me outro Salomão!
Mas faltando esse condão,
peço aqui, seja a quem for,
por especial favor:
senhores, dai-me atenção.
Eu tenho lido na história,
profana, como sagrada;
mas o ler não vale nada
ao que é falto de memória.
Nem tu, do canto ó vitória,
tens momentos que me sigas!...
P'ra tão longe te desligas,
queres sem mim viver sozinha...
Eu com esta voz mesquinha
vou cantar duas cantigas.
Mil romances tenho tido,
dramas de bons escritores,
e sei dizer-vos, senhores,
que nada tenho entendido!
De bons génios tenho lido
páginas de perfeição;
conheço por tradição
obras de crentes e ateus,
mesmo as de João de Deus,
daquelas que melhor são.
Manuel Alves, poeta popular
"Poesia", óleo de Fuseli.

triplo bluff

para certos intelectuais de direita ,a minha escrita é uma porcaria surrealista e eu sou um "animal" racional de mau feitio e muitíssimo mal educado -não respondo a provocações .não discuto
para alguns intelectuais de centro.esquerda ,a minha escrita é criativa ,mas não percebem porque fujo aos padrões da NORMA .sorriem de um modo displicente .admiram.me e são obrigados a tolerar.me
para os intelectuais de esquerda ( primus inter pares ) a minha escrita é forte ,amadurecida e já merecia um destaque maior .esses ,conhecem.me e sabem que sou autêntica .mas porque não discuto ,mesmo quando me tentam ,dizem que perdi qualidades
e eu?
não sei quem sou ,quando ,no caminho diário para casa ,me misturo no cimento da multidão gritante ,indiferente aos juízos de valor .acresço.me aos fins de tarde e prendo.me às imagens que ,qual filme ,em slow.motion ,decorrem na minha mente .ouso ,então ,questionar o uso abusivo e verifico o ridículo de quem utiliza quem .desfaço ,em mim ,o equívoco e prendo.me ao significante .às palavras

que têm uma vivência muito própria .são aqueles minúsculos pontos de interferência que me comandam .desde sempre .fazem.no de um modo inconsciente .quando pretendo conduzi.las ou apontá.las em outra direcção ,elas brincam comigo e juntam.se a seu belo prazer .conduzem.me .sigo.as no turbilhão ora ordenado ,ora desordenado das ideias que me afluem em catadupa .não ouso interferir com os textos ,porque se o fizesse ,perderia a minha liberdade criativa e passaria a ser presa fácil dos meus impulsos .não pretendo que as minhas pulsões interiores sejam os almirantes das minhas naus .gosto de navegar à bolina .ao sabor da corrente ,sem piloto ,e não tenho problema algum em fazê.lo só ou acompanhada

não .não estou a ser 100% sincera .prefiro ,entre o navegar só ou acompanhada ,fazê.lo acompanhada .há momentos ,porém ,em que o silêncio ,sobretudo ,quando rodeada de muita gente ,me atrai sobremaneira .não consigo entender os atropelos ,por excitação de encontros ou por feitio e, por tal ,afasto.me ,por muito que isto possa incomodar terceiros .que querem? o meu fascínio pelo genuíno passou a ser muito mais forte .não pretendo acrescentar nada à verdade dos outros ,mas também não pretendo que interfiram na minha .se alguém ousa empurrar.me ,como uma mancha indecente ,em direcção contrária ,o que é difícil ,sou capaz de magoar ,mesmo com intenção .assumo ,mas uso a desculpa táctil ,no momento seguinte
páro
penso fundo
e ofereço os meus lugares de paz ,qual flor invisível ,aos meus amigos

sou humana .regresso às ruas ,para voltar a sentar.me no beiral das palavras .estas nunca me magoaram ao longo da minha vida .aproveito o momento de pausa para cogitar em surdina
e reparo ,com um misto de tristeza ,que os menos tolerantes ,ou não informados ,remetem sempre para outrem a causa da sua dor .passam a ser os seus ,deles ,pontos de unidade
interferem connosco, e ,ao fazê.lo ,fazem.no de um modo fácil e egoísta ,no limite ,primário ,dos seus SUPEREGOs
há muito que não pensava assim ...
faço.o ,agora ,liberta de qualquer mágoa e nesta conversa sana comigo mesma
pouco me importa saber se existo nas palavras .pouco me importa saber se sou .pouco me importa saber o SABER
( triplo bluff )
deixem.me pensar que estou feliz, apesar de presa a uma endémica infelicidade
prefiro.a .como prefiro ser comandada pelos meus textos surrealistas pretéritos imperfeitos mais do que perfeitos presentes condicionais e futuros .até mesmo incompreendidos .rasurados .a facilidade sempre me molestou .atedia.me
desço as ruas que vou tecendo ao longo das páginas .nada me dizem as imagens encomendadas .sou uma profissional do jogo .jogo o ás de espadas e sou forçada a substituir os trunfos por outros mais autênticos ,no meu crescimento precoce
ah! já sei que não acreditas ...
( pouco importa .não sei se existo .não sei se sou simples criação de mim .não sei )
... prefiro o silêncio
texto de gabriela rocha martins,
fotografias de avalon e mariah.

ossos do malefício

mas voltamos muito em breve!!!!!!!

 
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A arte é um antidestino - André Malraux